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Mundo Med Tech News #95
microvariações de calor na detecção de câncer de mama | IA no estetoscópio | Ultrassom em tecidos

Edição #095:
26 de outubro de 2025, domingo
O que aconteceu no mundo med tech ...
Sensor de pele mede microvariações de calor e acelera a detecção do câncer de mama

imagem conceitual criada por IA no MidJourney
Key-points:
Inovação em destaque: Marah Alassaf, doutoranda em Saúde Digital e Cuidados na Universidade de Bristol, desenvolveu um patch ultrafino, flexível e não invasivo com nove sensores de temperatura para mapear variações térmicas na superfície da mama — indicador potencial de anomalias e tumores em estágios iniciais. 🌡️🩺
Motivação pessoal e científica: A ideia ganhou força após duas mulheres próximas (ambas com pouco mais de 30 anos) receberem diagnóstico tardio de câncer de mama por falta de triagem rotineira nessa faixa etária. Isso impulsionou Alassaf a focar em soluções acessíveis para populações frequentemente negligenciadas na detecção precoce. 💖🔎
Base técnica: O patch foi projetado e fabricado do zero para se conformar ao contorno da mama, aderindo suavemente à pele e fornecendo mapeamento térmico em tempo real. A lógica clínica: células cancerosas tendem a aumentar fluxo sanguíneo e metabolismo local, gerando elevação sutil de temperatura. 👩🔬📈
Colaboração e liderança: O trabalho é apoiado pela supervisora Dr. Faezeh Arab Hassani (microeletrônica), que lidera pesquisas em eletrônicos flexíveis para aplicações de saúde, reforçando a integração entre engenharia avançada e necessidades clínicas. 🤝🔬
Resultados até agora: Testes em modelos de mama com “tumores simulados” por fontes de calor controladas demonstraram que o array de sensores consegue identificar padrões térmicos anômalos. Estes estudos de bancada validam o conceito e o protocolo de medição. 🧪✅
Próximos passos planejados:
Avaliação em casos reais de câncer de mama, para medir sensibilidade, especificidade e desempenho em diversidade de tecidos e condições clínicas. 🏥🔬
Aumento da densidade de sensores para melhorar a resolução espacial e qualidade de imagem térmica. 🔧🖼️
Ensaios sob deformação mecânica (movimento, respiração, postura), assegurando estabilidade e repetibilidade. 🏃♀️🛡️
Testes de longa duração para confiabilidade, desgaste, adesão cutânea e segurança. ⏱️📋
Potencial de impacto em saúde pública:
Complemento à mamografia, ultrassom e MRI, sem substituí-los, oferecendo triagem adicional e contínua entre exames. 🔄🩻
Redução de barreiras de custo, infraestrutura e desconforto, especialmente útil em ambientes com recursos limitados. 🌍💸
Possibilidade de monitoramento domiciliar para pessoas de maior risco (histórico familiar, predisposição genética), reduzindo visitas frequentes ao hospital. 🏠❤️
Reconhecimento acadêmico: Apresentado no IEEE FLEPS 2025 (Singapura), o trabalho conquistou 2º lugar no Student Best Paper Award, sinalizando qualidade técnica e relevância clínica. 🏅📚
Ecos do ecossistema de pesquisa:
Cancer Research UK reforça que detectar mais cedo é crucial e vê o patch como possível aliado aos programas de triagem. 🧠🔍
UKRI EPSRC destaca a importância de apoiar jovens pesquisadores na tradução de ideias em soluções práticas de saúde. 🏛️🚀
Roteiro de desenvolvimento futuro:
Integração com apps de saúde digital para visualização de mapas térmicos, alertas e acompanhamento longitudinal. 📲📊
Padronização de protocolos (tempo de uso, condições ambientais, calibração térmica) e validação multicêntrica. 🧭🧪
Estudos de usabilidade e conforto, inclusive em diferentes tipos de pele e tamanhos/formatos de mama. 👩⚕️🧩
Outra linha de inovação: Alassaf também trabalha em uma luva com sensores para apoiar o autoexame de mama, criando um ecossistema de wearables complementares à triagem tradicional. 🧤✨
Por que importa…
Essa notícia é importante porque aponta para um modelo de detecção mais acessível, contínuo e centrado na paciente. Ao transformar sinais fisiológicos sutis em dados acionáveis, o sensor térmico pode encurtar o tempo entre o surgimento de alterações e o diagnóstico, aumentar a equidade no acesso à triagem e potencialmente reduzir mortalidade por câncer de mama. Em um cenário de sistemas de saúde pressionados, soluções simples, escaláveis e validadas cientificamente têm impacto direto na prevenção e no tratamento.
Fonte:
IA no estetoscópio: TRICORDER revela até 3,5x mais diagnósticos cardíacos em exames de rotina com a Eko Health

imagem conceitual criada por IA no MidJourney
Key points:
Estudo TRICORDER: conduzido por Imperial College London e Imperial College Healthcare NHS Trust, avaliado no ambiente real de atenção primária do NHS. Cobertura: 205 clínicas, 1,5 milhão de pacientes registrados, ~12.800 exames com estetoscópios digitais de IA realizados por quase 1.000 profissionais. 🏥📊
Desenho do estudo: randomizado, em rotina clínica, sem protocolo rígido de uso — os profissionais utilizaram o dispositivo “como fariam no dia a dia”. Objetivo: medir impacto real da IA no ponto de cuidado para detecção precoce de doenças cardíacas. 🔬🩺
Principais resultados (12 meses vs. cuidado padrão):
Insuficiência cardíaca: 2,3x mais detecções (indica maior triagem e encaminhamento precoce). ❤️🩹
Fibrilação atrial (AFib): 3,5x mais detecções (reduz risco de eventos tromboembólicos). ⚡️
Doença valvar: 1,9x mais detecções (favorece intervenção antes da descompensação). 🫀
Relevância clínica: o aumento de detecções sugere que a IA, integrada ao exame físico, antecipa reconhecimento de condições que, frequentemente, só seriam identificadas na hospitalização ou emergência. Benefícios potenciais: início antecipado de terapia, redução de complicações e melhor uso de recursos. ⏱️✅
Apresentação e repercussão: resultados exibidos no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (Madrid), com forte interesse de provedores e grupos de pacientes — sinalização de adoção ampla e rápida. 🌍📈
Depoimentos:
Dr. Nicholas S. Peters (Imperial): destaca a evolução do estetoscópio para uma ferramenta capaz de “identificar doenças em segundos”, acelerando acesso a tratamentos que salvam vidas. 🗣️
Connor Landgraf (CEO, Eko): reforça que a IA já transforma o exame de rotina em um dos instrumentos mais poderosos de detecção precoce, com insights instantâneos. ⚙️
Tecnologia Eko:
Hardware: estetoscópios digitais com captação de áudio cardíaco de alta fidelidade + sensores ECG. 🎧📟
Fluxo: sinais enviados à nuvem; análise por modelos de IA treinados em dezenas de milhares de pacientes; resultado em segundos no consultório. ☁️⚡
Usabilidade: integração simples ao fluxo clínico, sem aumentar significativamente o tempo de consulta. 👩⚕️🧩
Impacto em saúde pública: maior acurácia na triagem em atenção primária pode reduzir atrasos diagnósticos, evitar internações evitáveis e otimizar referências a cardiologia, melhorando desfechos populacionais. 🛡️📉
Expansão planejada: implementação ampliada em práticas no Sul de Londres, Sussex e País de Gales — passo estratégico para escalar o modelo e gerar dados adicionais de mundo real. 🚀🇬🇧
Eko Health — credenciais: plataforma com liberação da FDA, mais de 650.000 dispositivos vendidos globalmente; foco em detecção precoce e monitoramento de doenças cardíacas e pulmonares com software para pacientes e provedores e análise de IA. 🌐✅
Por que importa…
A notícia é importante porque demonstra, em escala real, que integrar IA ao exame físico tradicional pode antecipar diagnósticos críticos e mudar trajetórias de cuidado. Ao identificar insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e doença valvar mais cedo, profissionais podem iniciar tratamentos oportunos, reduzir eventos graves (como AVC e descompensações) e otimizar o uso de recursos do sistema de saúde. Em outras palavras, trata-se de uma aplicação prática de IA que melhora a qualidade assistencial hoje, não apenas em cenários de pesquisa.
Fonte:
Wearable de Ultrassom Têxtil vence MIT HEALS Innovator Grant

imagem conceitual criada por IA no MidJourney
Key points:
Contexto e destaque 🎉
Canan Dagdeviren (professora associada e líder do grupo Conformable Decoders no MIT Media Lab) e Dava Newman (Apollo Professor de Astronáutica; ex-diretora do Media Lab) receberam o Innovator Grant do programa MIT HEALS.
Projeto: “Textile-based personalized ultrasound wearable device for continuous at-home breast monitoring”.
Entre 81 propostas submetidas ao MIT HEALS, 19 foram financiadas (2 Breakthrough e 17 Innovator), envolvendo 12 departamentos/unidades do MIT—reforçando a relevância institucional da iniciativa.
O que é o dispositivo 🩺
Um sistema vestível de ultrassom 3D integrado ao tecido (têxtil), desenhado para monitoramento contínuo e domiciliar da saúde da mama.
Combina transdutores de ultrassom de alta resolução, distribuídos de forma esparsa, com estruturas têxteis programáveis (3D knitting e bordado digital).
Garment conformável: ajustado à anatomia de cada pessoa para garantir contato consistente com a pele e distribuição uniforme de pressão.
Principais desafios técnicos e soluções ⚙️
Eficiência energética: transdutores projetados para baixo consumo, viabilizando uso prolongado sem grandes baterias.
Cobertura de grande área e superfícies curvilíneas: arquitetura 3D que mapeia regiões extensas do tecido mamário, mantendo acoplamento acústico.
Miniaturização da aquisição de dados: sistema compacto embarcado, reduzindo cabos, melhorando conforto e usabilidade no dia a dia.
Integração têxtil avançada: fabricação digital (tricô 3D e bordado) para precisão na localização dos transdutores e estabilidade mecânica.
Consistência de contato: design que reduz variações de pressão/posição, aumentando repetibilidade e qualidade de imagem.
Fluxo tecnológico do sistema 🧠
Captura de imagem: transdutores geram dados de ultrassom em 3D.
Processamento embarcado: pré-filtragem e compressão local para otimizar transmissão/armazenamento.
IA para análise: modelos de detecção de anomalias e segmentação de tecidos, auxiliando no reconhecimento de padrões sem necessidade de operadores especializados.
Interface de usuário: feedback sobre posicionamento/qualidade de contato, relatórios de tendência, alertas para acompanhamento clínico.
Benefícios clínicos e de uso 💡
Triagem frequente, sem radiação, no ambiente doméstico—ideal para monitoramento longitudinal.
Maior eficácia em mamas densas, onde a mamografia tradicional é menos sensível.
Redução de barreiras de acesso a imagem de qualidade e suporte à medicina preventiva personalizada.
Conforto e aderência: vestimenta desenhada para uso prolongado, com ergonomia que facilita rotinas diárias.
Plano de pesquisa e validação 🔬
Caracterização de materiais: seleção e testes de têxteis e acoplantes acústicos.
Fabricação de transdutores: otimização de geometria, arranjo e encapsulamento.
Design têxtil: mapeamento anatômico, posicionamento programável e estabilidade durante o movimento.
Processamento e software: pipelines de reconstrução 3D, algoritmos de IA e calibração.
Estudos clínicos: validação em parceria com o Massachusetts General Hospital, medindo sensibilidade, especificidade e usabilidade.
Segurança, privacidade e experiência do usuário 🔒
Dados protegidos e compatíveis com normas de privacidade; transmissão segura para análise.
Guias de uso e autochecagem: instruções claras e indicadores de qualidade de contato.
Atualizações de software/IA: melhorias contínuas com base em dados anonimizados e feedback clínico.
Impacto ampliado e aplicações futuras 🫶
Além da mama: potencial para bexiga, útero, ovários e acompanhamento do desenvolvimento fetal.
Expansão da plataforma: diferentes peças (ex.: tops, faixas) adaptadas a outras regiões anatômicas.
Integração com ecossistemas de saúde digital: telemedicina, prontuários eletrônicos e acompanhamento remoto.
Reconhecimentos e mídia 🏅
BBC 100 Women (2023): destaque ao trabalho de Dagdeviren sobre ultrassom vestível.
Falling Walls Foundation (2024): premiação pela inovação em detecção de câncer de mama.
Coberturas: NBC Boston (2025) e CBS News (2023), consolidando legitimidade científica e interesse público.
Por que importa…
A notícia é importante porque sinaliza um avanço prático rumo ao monitoramento contínuo de alta resolução, fora do hospital, usando um formato confortável e escalável. Um ultrassom vestível em tecido pode antecipar alterações clínicas, guiar decisões remotas e apoiar cuidados personalizados, contribuindo para prevenção, redução de internações e melhor gestão de doenças crônicas—um passo decisivo para o futuro da medicina conectada.
Fonte:
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